Batailles de rue à Almada (Portugal) – juillet 2010
A calma regressa à Costa da Caparica após distúrbios
rr.pt
04-07-2010
A calma regressou ao Bairro do Asilo, no Monte da Caparica. Na última noite a GNR foi chamada ao bairro para pôr fim a desacatos. Os moradores queixaram-se de distúrbios e relataram vários disparos. A Guarda Nacional Republicana deslocou para o bairro duas equipas de intervenção rápida mas não fez qualquer detenção
O comando geral da GNR diz que quando as duas equipas de intervenção rápida chegaram ao bairro, os militares foram atacados com um “very light”, petardos e uma bomba caseira.
Não chegou, contudo, a registar-se qualquer confronto entre as autoridades e os populares. A GNR abandonou o Bairro do Asilo ao início da manhã e as ruas regressaram à normalidade.
Esta foi a segunda vez numa semana que a polícia foi chamada ao Bairro do Asilo, em Almada. Na noite de segunda-feira a GNR identificou 19 pessoas e dos confrontos com os populares cinco militares ficaram feridos.
Petardo posto em carro de moradora do Bairro do Asilo
jn.sapo.pt
5 07 2010
Carlos Varela
A GNR interveio, ontem, domingo, no Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, naquela que é a terceira noite de incidentes naquela zona problemática do concelho de Almada, numa semana.
A violência poderá ter conhecido novos desenvolvimentos com o lançamento de petardos por parte de desconhecidos, um deles foi colocado por debaixo do carro de uma moradora do bairro.
Os primeiros incidentes ocorreram de domingo para segunda-feira passada, com a detenção de 19 indivíduos. Depois, na quarta-feira à noite, uma viatura da GNR foi apedrejada quando patrulhava a zona. Ontem de madrugada, cerca da uma hora, os incidentes começaram na sequência de uma operação stop que estava a ser realizada nas imediações do Bairro do Asilo, mas que jovens moradores entenderam como sendo “uma provocação”, segundo adiantaram ao JN. “A GNR fechou as entradas para o bairro”, protestaram.
A verdade, no entanto, é que pouco depois um very-light foi disparado contra a GNR, não atingindo os militares. Seguiram, pelo menos, dois rebentamentos na Rua da Boa Esperança, o local onde se verificaram os primeiros incidentes. Aparentemente, tratar-se-iam de engenhos artesanais, fabricados com recurso a ácido muriático. Um deles foi colocado debaixo do carro de uma moradora, algo sem explicação, se bem que não tenha provocado quaisquer estragos.
Vários moradores já se tinham queixado do barulho que vinha de uma festa num espaço aberto e gerido pela associação de moradores local, mas para a qual não havia autorização, segundo a GNR. Elementos da Unidade de Intervenção da GNR foram mais uma vez chamados a intervir e o alvo foi de novo o prédio nº 7, tal como já acontecera no primeiro dia de incidentes, após o que a calma regressou, sem haver detenções.
Novos incidentes no Bairro do Asilo, em Almada
sic.sapo.pt
04-07-2010
A situação já acalmou no Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, em Almada, onde esta madrugada se registaram incidentes, disse à agência Lusa fonte da GNR
Segundo a fonte, o alerta sobre os incidentes foi dado por moradores do bairro em queixas para o posto da GNR da Trafaria, já depois da 1h30.
Os moradores queixaram-se de ameaças, desacatos e ajuntamentos no bairro, tendo sido enviada uma patrulha para o local.
Pelas 2h30 foi disparado um « very ligth » em direção à patrulha e pouco depois ocorreram dois rebentamentos de petardos e a explosão de uma bomba artesanal, de acordo com o relato da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Pedidos reforços, foram enviados para o local duas equipas das forças de intervenção rápida que restabeleceram a calma no bairro, adiantou a GNR.
A situação ficou normalizada pelas 6h00 e os efetivos desmobilizaram gradualmente, no intuito de evitar o reacender de tensões, concluiu a fonte, esclarecendo que neste momento não há ainda dados sobre eventuais detenções ou identificação de pessoas.
No entanto, a GNR esclareceu que não se registaram confrontos, nem feridos.
Na noite de segunda para terça feira passada foram detidas neste bairro 19 pessoas e cinco agentes da GNR ficaram feridos em confrontos ali registados.
Na altura, a GNR considerou que os incidentes foram « uma situação pontual », adiantando não ter registos de ocorrências semelhantes neste bairro do Monte da Caparica.
Autarca de Almada quer mais policiamento no Monte da Caparica
publico.pt
29.06.2010
A presidente da Câmara Municipal de Almada pediu ao ministro da Administração Interna que ajudasse a suprir uma “lacuna grave” da segurança no concelho, instalando um posto de polícia no Monte da Caparica, onde esta madrugada houve confrontos entre a polícia e moradores.
Maria Emília de Sousa, que falava na inauguração do destacamento territorial da Costa da Caparica onde esteve presente o ministro Rui Pereira, sublinhou que “o Monte da Caparica é um território completamente descoberto em termos de instalações permanentes”. “Temos necessidades ao nível de efectivos, meios de transporte e instalações. A inexistência de um posto da GNR ou da PSP nesta zona é uma lacuna grave. A zona deveria ser prioridade máxima na área metropolitana de Lisboa”, afirmou.
A autarca acrescentou ainda que, “sendo o terreno amplo e os efectivos limitados, é evidente que a polícia não pode chegar a tempo a todo o lado”.
As declarações da presidente da câmara de Almada foram feitas depois de esta madrugada perto de 50 moradores do Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, se terem envolvido em confrontos com a polícia. A GNR deteve 18 pessoas para identificação. Quatro guardas ficaram feridos.
Em resposta ao pedido da presidente de câmara, o ministro da Administração Interna afirmou que “a situação está a ser estudada” e garantiu que “o esforço de investimento em equipamentos vai continuar”. Rui Pereira sublinhou que “esta zona foi sempre considerada prioritária”: “Os dois milhões e meio de euros que investimos na construção do posto da GNR na Costa da Caparica e do destacamento territorial da GNR de Almada, na Charneca da Caparica, mostram isso”, ilustrou.
“A rapidez com que as obras foram iniciadas e concluídas – nove e 12 meses, respectivamente – mostram isso também”, acrescentou.
Rui Pereira afirmou ainda que “estes investimentos se inscrevem no primeiro vector da política do Ministério da Administração Interna: o reforço do dispositivo em meios humanos e materiais”, lembrando que, “entre efectivos da GNR e da PSP, haverá mais dois mil agentes ao serviço da população”.
Os dois equipamentos inaugurados hoje foram construídos em terrenos cedidos pela câmara municipal de Almada.
GNR acusada de usar tiro real em confrontos
jn.sapo.pt
2010-06-30
PSP de Almada apoia GNR no Bairro do Asilo. Dos 18 detidos, cinco têm cadastro
O Monte da Caparica, uma zona problemática de Almada, transformou-se, na madrugada de ontem, numa verdadeira batalha campal entre a GNR e a PSP e moradores. Quatro militares ficaram feridos e 18 moradores foram detidos, cinco deles têm cadastro.
Os problemas começaram cerca das 23,30 horas de anteontem, quando uma patrulha da GNR foi chamada ao Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, e terminaram cerca das cinco horas da madrugada de ontem, com os moradores a acusarem a GNR de ter usado munições reais, mostrando, ao JN, cápsulas de munições de 9 milímetros, alegadamente disparadas pelos militares e que tinham ficado no chão. A versão é desmentida pela GNR: « Apenas disparámos munições com bagos de borracha », comentou, ao JN, o major Tavares Belo, do Comando de Setúbal.
Os incidentes ocorreram na sequência de uma festa de aniversário, na Rua da Boa Esperança, junto ao nº 7 do Bairro do Asilo, um dos muitos aglomerados do Monte da Caparica. Moradores da zona queixaram-se à GNR de que havia muito barulho e, pouco depois, uma patrulha chegava ao local mas foi recebida com insultos e apedrejada.
O Comando de Setúbal da GNR enviou reforços, com militares do Destacamento de Intervenção, a que pouco depois se juntaram homens da Unidade de Intervenção que estavam de prevenção na Costa de Caparica. Mas a situação agravou-se, com várias ruas a serem cortadas por jovens moradores, com recurso a pneus e contentores do lixo incendiados, num cenário que em tudo fazia lembrar o que no Verão do ano passado ocorreu na Bela Vista, em Setúbal. Também a PSP de Almada destacou agentes para apoiar a GNR, o que juntou mais de 50 elementos policiais.
Mas a confusão não envolveu apenas jovens moradores. Armindo Tavares, de 56 anos, foi dos primeiros moradores a ser atingidos pelos disparos dos bagos de borracha da GNR, junto à entrada para o nº 7. « Eu ia para casa, moro no segundo andar, e fui atingido no braço », contou ao JN. Nessa altura, começaram a chover objectos das janelas contra os militares. « Atiraram-nos desde garrafas a computadores », contou uma fonte da GNR que esteve no local.
Dois andares do nº 7, o segundo e o terceiro pisos, pareciam juntar, segundo as autoridades, os principais agressores. No segundo piso estava Vera, uma jovem de 21 anos, com a família. « Arrombaram a porta, bateram-me e detiveram-me », contou mostrando marcas de agressão, desde tiros de bagos de borracha, passando por bastonadas. Fátima, grávida de 4 meses, também foi detida e libertada depois ao revelar a sua condição. No terceiro piso, a situação repetiu-se, com um dos locatários a ser ferido à coronhada e espalhando o sangue dos ferimentos pela casa. Só às 5 horas a situação acalmou. Os militares foram assistidos no hospital e regressaram ao serviço.
GNR atacada à dentada e com computadores
n.sapo.pt
30 Junho 2010
Tumultos no bairro do Asilo, após queixa de moradores incomodados com barulho, levaram a polícia a fazer 18 detenções
Estava em vias de ser detido e, aparentemente, sem oferecer resistência, um dos moradores do bairro do Asilo, no Monte de Caparica (Almada), que tinha estado envolvido nos desacatos contra a GNR, quando um dos militares que procedia à sua prisão é surpreendido com uma violenta dentada no pescoço por parte do suspeito. O ataque deixou o guarda em mau estado e a sangrar, levando os colegas a recearem pela gravidade da aparatosa ferida, tendo sido este um dos quatro militares que necessitaram de assistência hospitalar após os tumultos da noite de segunda-feira.
Fonte da GNR assegurou ao DN que o militar mordido até é conhecido entre os colegas por ser dos que está habilitado para trabalhos mais musculados, admitindo que talvez isso o tenha ajudado à hora de dominar o agressor, mas o « factor surpresa » custou caro ao guarda, cuja dimensão do golpe no pescoço levou os colegas a admitirem ter havido recurso a algum objecto cortante.
« Agora já podemos dizer que sem ter sido grave aquela dentada causou-nos alguma preocupação », assumiu o major Tavares Belo, do Destacamento de Setúbal da GNR. Os quatros guardas hospitalizados tiveram alta após terem estado envolvidos em confrontos com alguns moradores do problemático bairro do Asilo.
Os conflitos começaram pelas 23.00 de segunda-feira e duraram até perto das 02.00, na sequência de uma festa de anos em plena rua, que juntava muita animação, aliada a um churrasco, bebida e música. Foi a vizinhança que se queixou à GNR, levando a que um carro-patrulha se deslocasse ao local para tentar repor a ordem.
Porém, os primeiros militares foram recebidos por cerca de 50 pessoas com pedras, garrafas e até computadores portáteis, que seriam atirados contra as viaturas policiais, indignando os vizinhos que não estiveram envolvidos nos desacatos. « Como é que gente que vive do Rendimento Social de Inserção se pode dar ao luxo de atirar computadores contra a polícia? », questiona um dos moradores que pede anonimato.
A GNR admite que a situação atingiu um tal descontrolo, com contentores do lixo queimados e viaturas apedrejadas – de que resultaram três guardas feridos – acabando por pedir reforços, tendo os 32 efectivos a « necessidade » de arrombar algumas portas das habitações, mesmo sem mandando judicial, porque, segundo Tavares Belo, houve indivíduos que se esconderam em casa, continuando a agredir os militares.
Os moradores têm uma versão diferente. Augusto Dias assegura ter sido a GNR que partiu para a violência « sem fazer qualquer pedagogia, disparando vários tiros », tendo entrado na casa das pessoas « para as prender ».
Viriam a ser efectuadas 18 detenções, sendo que três dos homens foram presentes ao Tribunal de Almada, mas continuavam a ser ouvidos à hora de fecho desta edição.
Informations
Almada est une municipalité (en portugais : concelho ou município) du Portugal, située dans le district de Setúbal et la région de Lisbonne.










