Crise de civilisation – FSM Porto Alegre janvier 2010
Crise de civilização e financeira é abordada por professor parisiense

Na última conferência desta quarta-feira, 27, no Centro Universitário LaSalle, o professor da Universidade de Paris 8, Alain Bertho, abordou a palavra crise e as diversas concepções aplicadas a ela. Para ele, esta expressão tomou uma proporção incalculável, na medida em que estamos passando por um momento de transição desde a última crise que atingiu o mundo. Para frear a tendência de um novo impacto como o que provocou a ruína de diversos bancos e culminou com o desemprego em massa, Bertho aconselha que espaços como o Fórum sejam cada vez mais frequentes. “Devemos continuar à altura da capacidade de antecipação de anos atrás. Se de fato construímos algo, estamos lidando com uma aceleração da história que precisa ser discutida”.
O professor analisa que a crise voltará com mais força caso o mesmo sistema de liquidez dos bancos seja mantido. Ele cita como exemplo as instituições financeiras de Paris, onde o governo investiu 17% do que foi arrecadado em seu produto interno bruto para salvar os bancos. Isso significa, de acordo com ele, que cada francês – incluindo os bebês – arcou com 4 mil euros para esta operação. “Em resposta a isso, os banqueiros repetiram o erro: investiram em cooperativas financeiras de crédito, o que faz com que a crise continue”, critica. Indo de encontro a este método, o especialista analisa que os chamados “motins” têm crescido na mesma proporção da crise. “Contabilizei em 2009 mais de 500 movimentos deste gênero. O estranho é que estes motins não são mostrados pela imprensa, o que representa um colapso do espaço de representação política”.










